sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Carta de Romeu, o Autocrata - Parte I

Oi oi, druguis todos. O que escrevo seguir consiste em uma carta dirigida a uma devotchka específica (que tratarei por Drugui, pois não quero revelar seu ímia real), mas que quero dividir com todos vós, messeiando que vos será produtivo.

"Olá, Drugui linda. Espero que isto aqui não te chateie, apesar de teres dito-me que o iria... meu thelema aqui luvêr, como sempre, aproximar-te de Ma'at, Ribeldá e Idîn - daquele que julgo ser o caminho mais curto a ibóg... o teu ibóg, preciosa amada.
Questionaste, em nossa última conversa, a legitimidade de minha ação ao tentar "mudar outros indivíduos" (ação supostamente arbitrária, impositora) e é ela que eu quero demonstrar, argumentar e legitimar, queridíssima Drugui.
Primeiramente, gostaria que estendêssemos o questionamento que fizestes a todas ações semelhantes à minha, ou seja, todas as expressões que buscam uma mudança nos indivíduos. Assim, messeio que chegaremos a uma conclusão geral sobre esse tipo de ação e eu, convenientemente, admito, terei minhas analogias mais perto da discussão, a partir de agora.
Esclareçamos que as mudanças desejadas pelas ações em discussão são todas as mudanças realizadas por um ser em um indivíduo, através de qualquer forma de expressão. Qualquer mudança gerada de tal forma está dentro de nosso desenvolvimento atual. Se admitirmos que qualquer absorção de informação ou questionamento interage com o intelecto de um ou mais indivíduos, então aqui questionamos a ação dos meios de comunicação massificados (tua dodîn teletela, o rádio, a internet - e, especificamente, ESTE BLOG), dos livros, dos panfletos, dos cartazes, etc., etc. Questionamos a comunicação.
Afirmar que a expressão questionadora tem sobre os indivíduos efeito autoritário não constitui verdade alguma. Qualquer pessoa incomodada com um questionamento tem sempre o direito a afastar-se, parar de ouvir, parar de "ser mudado". Além disso, supor que a mudança que realiza-se através de questionamentos é autoritária é afirmar que calar é mais democrático. Isso me soa bastante risível, inclusive. Prossigamos mesmo assim, visto que o que meu argumento é plena e racionalmente demonstrável.
Se um questionamento causa irritação a um indivíduo e incomoda-o, é porque trata-se ou de um questionamento jamais feito (e que, assim, inaugura novo caminho à razão - algo que quero admitir como positivo aos seres humanos em geral), ou de um questionamento cuja resposta incomoda o indivíduo (que nesse caso teme a própria concepção da verdade, algo que é extremamente positivo superar, convenhamos). Calar o questionamento é calar a essência da própria ciência que, a princípio, apenas torna claras ao indivíduo suas próprias concepções e incertezas. Ora, não há problema algum em ter claras as próprias concepções e muito menos em sanar as incertezas, a menos que se prefira ser cego a videar claramente o mundo-imundo - escolha aceitável e que, nesse caso, deve ser feita com surdez e cegueira do receptor frustrado e não com mudez de um locutor qualquer.
Os indivíduos têm em si concepções que perceberam e receberam de outros seres. Se é possível agir sobre o seu intelecto é porque alguém ou algo já teve o direito de fazê-lo, quando sua consciência surgiu das primeiras percepções do id ou quando o superego foi-se formando. Ora, foi a escolha "natural" de seu id perceber e dar origem às coisas "sabidas" (e portanto conscientes e pré-conscientes). Foi a ação dos objetos e seres ao seu redor que os fez entender o mundo da forma entendem, a menos que concebamos que tal coisa veio do limbo, da alma, d'O Carneiro e afins.

Concluo em minha próxima postagem, devotchka de meu S2

Vôndoifinot Ba'roç,
Romeu."

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